30º domingo do tempo comum-Ano C.
“Quem quiser ser o primeiro tem que ser o último”
Personagens:
Dona Baratinha –Ratinho – Galo Garboso –
Coelho – Narrador
Narrador: Aconteceu um dia, na casa de uma antiga amiga de
muitas crianças, a dona Baratinha, (Não a famosa, mas a prima dela). Ela era
muito sozinha e vivia triste. Reclamava que reclamava...
Baratinha: - Ó Deus! Quando eu vou encontrar
alguém que seja meu companheiro? Alguém que me faça companhia... Que passeie
comigo... Oh... Como é triste ficar sozinha!
Narrador: - Mas também tinha uma coisa: Ela não queria
um guloso, como aquele que se casou com sua prima... O Ratão, que até caiu no
caldeirão de feijão... (Música) Ela queria sim, um companheiro com o coração
bom, que viesse para servir, que cuidasse das coisas do Pai do Céu... Que fosse
bom, simples, humilde, sem ambição... E que pudessem juntos realizar a grande
missão do Senhor. E ela como era também muito cuidadosa e caprichosa, todos os
dias limpava sua casinha e pedia ao Senhor que lhe concedesse o que pedia. Um
dia, porém, varrendo aqui e varrendo ali... Vejam só que ela achou... Oh, sim!
Uma moeda! E que moeda!
E a baratinha pulou, gritou e rolou de alegria...
Nossa que coincidência até parecia a história de sua priminha... E...
Baratinha: - Oh! Se minha prima arrumou o
companheiro por causa da sua moedinha, então eu também posso arrumar! Que Deus
me abençoe!
Narrador:
E ela se colocou na janela, pôs um lindo laço
vermelho nas anteninhas e a todos cantava:
Baratinha: - Quem quer casar com a Dona
Baratinha, que tem laço no cabelo e dinheiro na caixinha.
Narrador: - E logo foi passando por ali o senhor Galo Garboso, todo emplumado e
vaidoso... E sabendo do grande tesouro da dona Baratinha foi logo se
apresentando:
Galo: - Eu sou o galo Garboso... O mais
charmoso... O mais amoroso... (O mais ambicioso) Eu sou seu par ideal, igual a
mim não há outro...
Baratinha: - Oh, senhor galo Garboso... O que
fará com meu tesouro se vier a casar comigo?
Galo: - Tesouro! Eu amo tesouro... E como
sou muito ambicioso, vou gastá-lo todinho sem deixar nem um pouquinho...
Baratinha: - Ora, vá se embora seu Garboso
orgulhoso.
Narrador: E novamente dona Baratinha cantou da janela:
Baratinha: - Quem quer casar com a Dona
Baratinha, que tem laço no cabelo e dinheiro na caixinha.
Narrador:
E olhe quem vem lá... Senhor coelho Dentinho.
Coelho: - Sou eu! Eu quero dona Baratinha!
Sou muito trabalhador e pulador! Passo os dias em busca de um tesouro como o
seu! Casa-se comigo e farei seu tesouro multiplicar... Triplicar... E no meu
bolso... Estará sempre ali... Seremos milionários...
Baratinha:Oh, eu não quero isso para mim.Vá embora!
Vocês só pensam no tesouro do mundo...
Narrador:
E novamente, um pouco mais triste ela cantou na
janela:
Baratinha:Quem quer casar com a Dona Baratinha,
que tem laço no cabelo e dinheiro na caixinha.
Narrador:
Demorou um pouquinho e passaram também outros
pretendentes...
É crianças, os pretendentes de dona Baratinha só
pensavam em dinheiro, comida, no que iam ganhar e não lhe ofereciam nada,
somente o interesse em ficar com seu rico tesourinho.E durante vários dias, a
pobre baratinha cantava na janela na esperança de que alguém tivesse um coração
semelhante ao seu, generoso, bondoso e servil.Pobre dela, já desanimada enquanto
os pretendentes brigavam por saber quem seria o escolhido, o primeiro no
coração da barata, ou seja, quer dizer, na gastação do tesouro... Ela
chorava... Porque achava que nesse mundo não havia um coração desapegado. Mas,
enquanto os outros brigavam, passou por ali, de um terreiro muito distante, um
rato, não Dom Ratão, mas Dom Ratinho que só se parecia com o aspecto físico,
mas nada tinha a ver com ele. Quando ele viu aquela linda baratinha a chorar na
janelinha, ficou admirado e ao mesmo tempo apaixonado. E dela se aproximou e
logo falou:
Ratinho: - Oh... Linda donzela! Por que
choras tão triste assim? Haverá beleza tão rara que sofresse por mal assim?
Baratinha: - Quem é você? De onde veio? O quê
quer?
Ratinho: - Oh, doce Barata... Tenho andado muito
pelo mundo cumprindo a minha missão.
Baratinha: - Mas que missão é essa?
Ratinho: - Procuro mostrar a todos que não
devemos nos apegar aos tesouros do mundo. Precisamos é nos apegarmos aos
tesouros do coração. Um coração voltado ao amor, ao serviço, ao próximo por
isso estou aqui.
Narrador: Naquele momento, dona Baratinha sentiu as pernas tremeram, enxugou as
lágrimas... Saiu de sua casa e se revelou ao do Ratinho.
Baratinha: - Oh, Dom Ratinho que bonitinho!
Tenho procurado tanto por um amor do seu jeitinho. Tão bom, tão humilde... O
senhor não quer casar comigo?
Ratinho: - Eu? Casar? Mas sou tão simples...
Tão pobre... Não sou o ideal para seu coração dona Baratinha.
Narrador: Enquanto isso, os outros pretendentes, pressentindo o perigo quiseram
afastá-lo. E gritavam assim...
Galo:_Escolha a mim! Eu sou o melhor! Vou
gastar seu tesouro, quer dizer, fazê-la feliz.
Coelho:_Me dá sua pata, quer dizer seu
tesouro, quer dizer sei lá, me dá alguma coisa.
Baratinha: - Não gente, meu coração já tem dono.
Meu coraçãozinho é do...
Galo/Coelho: (Todos gritam):MEU!!!!!
Baratinha: - Não... É do Ratinho!
Narrador: (De novo! Dona
Baratinha e seu Ratinho?)
Ratinho: - Oh... Baratinha! Quem sou eu? Eu
sou o último de todos, tenho pouco a lhe oferecer.
Baratinha: - Não, Dom Ratinho. O senhor se acha
o último, mas é o primeiro é o meu escolhido.
Narrador: Então crianças, o casamento se realizou e foi aquela festança e por vias
de dúvida, não houve nenhuma panela de feijão.
E assim, a gente aprende que para Deus o primeiro
no seu coração e no céu é aquele que se fizer pequeno diante dos que se acham
maiores. Nunca devemos nos exaltar.
O que devemos fazer é:
Servir sempre... Amar sempre... Ter um coração
semelhante a Deus sempre.
Fim
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