terça-feira, 15 de maio de 2012

por enquanto sem atualizações...

A todos que procuram textos religiosos para encenarem comunico que temporariamento não postarei novas historinhas, mas se alguém necessitar podem entrar em contato pelo e-mail simargareli@yahoo.com .br que poderei ajudá-los na medida do possível.
um abraço, Simone Margareli

sábado, 18 de fevereiro de 2012

O pecado paralisa!

O pecado paralisa!

7º domingo do tempo comum
data: 19 de fevereiro de 2012


Personagens: Chiquinho, Juquinha, mãe, pai.

Chiquinho: a partir de hoje eu não sou mais seu amigo. Nunca mais fale comigo.
Juquinha: mas foi sem querer, por favor, me desculpa...eu não sabia...
Chiquinho: você nunca sabe de nada. Toda vez é assim. Teve aquela vez que você quebrou o meu carrinho novinho, de controle remoto, que o meu pai tinha me dado de aniversário.
Juquinha: foi sem querer...como é que eu ia saber que ele tava debaixo do boné, em cima do sofá, com duas almofadas por cima...
Chiquinho: não importa, mas hoje não tem conversa, você não podia ter feito isso...chutou a minha bola de futebol pra casa da dona doida, você sabe que quando alguém chuta uma bola lá ela não devolve nunca mais...
Juquinha: dizem que no quintal da casa dela tem um poço sem fundo cheinho de bolas de futebol, de voley, de ping pong, de plástico, da barbie...
Chiquinho: se você sabia disso, não podia ter chutado...
Juquinha: o que eu sei é que se você não me perdoa, é porque não é meu amigo, e agora sou eu que não quero mais papo com você...tchau!
Juquinha sai.
Chiquinho: pode ir, eu não tou nem aí, quer saber? Eu vou brincar com o Lipe de play station...
Entra o pai do Juquinha.
Pai: Juquinha, meu filho, vem aqui, eu preciso que você vá á venda do baiano comprar  uma coisa pra mim.
Juquinha: eu não posso pai.
Pai: o quê? Você ta dizendo que não vai? Vai me desobedecer senhor Juca Amaral de Siqueira.
Juquinha: nem adianta falar o meu nome todo pai, porque eu não vou porque eu não posso. A minha perna não anda mais.
Pai: como assim?
Juquinha: eu não sei pai, mas eu estou todo duro, não consigo sair do lugar. Só mexo os olhinhos e a boca.
Pai: mas como isso aconteceu? É porque você fica muito tempo sentado, jogando, sem fazer exercício nenhum. Anda logo, levanta e vamos lá comigo.
Juquinha: eu não consigo pai.
Pai: então eu vou te carregar para o hospital. Vou só esperar a sua mãe chegar.
Os dois saem. O pai e a mãe entram em cena.
Mãe: Nestor, eu não agüento mais, nós já fomos no pediatra, no ortopedista, no cardiologista, é tanto ista e ainda não descobrimos nada...eu não agüento ver o meu filho assim, paralisado...
Pai: alguma coisa aconteceu. Ele caiu?
Mãe: não.
Pai: ele comeu alguma coisa estragada?
Mãe: não.
Pai: alguma coisa aconteceu...desde quando ele está assim?
Mãe: desde o dia em que ele brigou com o amigo dele, o Chiquinho.
Pai: será que o Chiquinho deu uma surra nele que o deixou assim? Porque se for...
Mãe: não, a briga deles não foi de mão, foi só de boca.
Pai: e porque eles brigaram?
Mãe: o Juquinha chutou a bola dele para a casa daquela vizinha da esquina, ela não devolveu a bola, o Chiquinho ficou com raiva, o nosso filho pediu desculpas e ele não desculpou, o Juquinha ficou com raiva por que o amigo não o desculpou...Desde este dia ele ficou triste, triste, só sentado, calado, até não conseguir mais andar...
Pai: então já sei, o Juquinha precisa perdoar o amigo que não quis desculpá-lo, só assim ele vai melhorar...
Mãe: eu vou chamar o Chiquinho aqui em casa e você traga o Juquinha pra sala. Vamos deixar eles conversarem...
Entram Juquinha e Chiquinho.
Mãe: Chiquinho, eu te chamei aqui porque você é o melhor amigo do Juquinha, e não é certo vocês ficarem brigados. Um precisa perdoar o outro. A falta de perdão é um pecado que impede as pessoas de serem felizes.
Juquinha: Chiquinho,me desculpa por ter chutado a sua bola pra longe?
Chiquinho: é claro, eu nem me lembrava mais disso...e você me desculpe por não ter aceito suas desculpas aquele dia?
Juquinha: é claro que sim. E você me desculpa por eu ter ficado com muita raiva de você?
Chiquinho: tá perdoado. E agora, vamos brincar?
Juquinha: vamos...
Os dois saem. A mãe entra com o pai.
Mãe: uai, cadê o Juquinha?
Pai: saiu correndo com o Chiquinho. Foram brincar.
Mãe: mas ele não estava paralisado?
Pai: estava, mas você se esqueceu que o amor  cura? E o perdão liberta?
Mãe: é verdade, só quem ama perdoa. Eu quero aproveitar este clima de amor e te convidar pra me ajudar a lavar a louça. Vamos?
Pai: vamos, né. Eu sei que se eu for não vai ter perdão, você vai passar o dia todo reclamando que eu não ajudo...
Mãe: então vamos? Tchau crianças...

Fim






sábado, 28 de janeiro de 2012

'Toda autoridade vem do Pai!"

4º domingo do tempo comum
Data: 29 de janeiro de 2012.   

           “Toda autoridade vem do pai!”

Personagens: vovó Filó, Mariazinha.

Mariazinha:  ai, ai, ai...buá, buá, buá!
Vovó Filó:  mas o que foi Mariazinha, porque este berreiro todo? Quem vê assim pensa que aconteceu alguma coisa grave.
Mariazinha:  e aconteceu mesmo. Muito grave. A minha mãe não deixou eu ir brincar na casa da Lili.
Vovó Filó: mas é só isso?
Mariazinha: e a senhora acha pouco?  Ela veio me chamar pra mostrar a boneca nova dela, e a mamãe não deixou...buá, buá...
Vovó Filó: não fica triste não, amanhã ela deixa...não adianta chorar, mãe a gente tem é que obedecer.
Mariazinha: e por quê?
Vovó Filó:  porque ela é a sua mãe. E as crianças devem obedecer à mamãe, e ao papai também.
Mariazinha: e por quê?
Vovó Filó: porque sim.
Mariazinha: porque sim não é resposta.
Vovó Filó: bem, é porque os filhos devem obedecer aos pais. No meu tempo bastava o pai olhar pra gente que ninguém fazia bagunça, nem desobedecia, responder então nem pensar...hoje tudo mudou...
Mariazinha: mudou pouco, devia mudar mais. Em vez da mãe mandar quem devia mandar eram os filhos.
Vovó Filó: mas isso não tem lógica, onde já se viu, criança não sabe das coisas pra querer mandar.
Mariazinha: acontece, vovó, que os pais também não tão sabendo direito não, viu?.
Vovó Filó: como assim?
Mariazinha: a minha mãe mesmo não tá sabendo mandar em nada, ela faz tudo ao contrário. Olha só, quando eu quero ficar acordada, vendo televisão, ela quer que eu durma, quando eu quero dormir, de manhã, ela me acorda pra ir pra escola, tudo ao contrário...
Vovó Filó: mas mãe é assim mesmo...
Mariazinha:  e tem mais, na hora de comer, ela quer que eu coma brócolis. Quem gosta disso? Agora sorvete, só uma vez por semana, e se não tiver chovendo. Tá vendo, é tudo ao contrário.
Vovó Filó: Mariazinha, os pais têm autoridades sobre os filhos. As coisas são deste jeito.
Mariazinha: quem deu esta autoridade?
Vovó Filó: foi Deus. Está na bíblia. Assim como os pais têm autoridade sobre os filhos Deus também tem sobre nós. Por exemplo, uma vez Jesus estava pregando na sinagoga...
Mariazinha: sinagoga?
Vovó Filó:  era a igreja. Todo mundo ficou admirado com o seu ensinamento, porque Ele  ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei faziam. Quer dizer que Jesus entendia do que ele estava falando.
Mariazinha: Claro, Jesus é Deus, e Deus é o nosso pai.
Vovó Filó: muito bem. Então agora você entendeu que quando os pais mandam fazer algo que a gente não gosta, é para o nosso bem. Eles mandam porque eles sabem o que é bom pros filhos.
Mariazinha: tá certo, eu entendi. Também, se fosse o contrário, os filhos mandando nos pais, como é que ia ser naqueles casos que têm mais de um filho,quem é que ia mandar?
Vovó Filó:  isso mesmo, agora você entendeu. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Vamos agora mesmo tomar banho e preparar pra jantar.
Mariazinha: ah não, banho. Agora?  A senhora não manda em mim, não é a minha mãe.
Vovó Filó: pois fique sabendo que eu sou a mãe da sua mãe. Então eu mando duas vezes mais. Vai encarar?
Mariazinha: eu não. Foi mal. Já vou pro banho. Fui...

                                                                               Fim