16/10/2011
29º Domingo do Tempo Comum-Ano A.
“Dai a Deus o que é de Deus!”
Personagens: narrador,Vitor, Luís,
catequista,
Mariana, Paulinha,
moradora 1,moradora 2.
Narrador: é véspera do dia das crianças e a turma da
catequese resolveu recolher brinquedos usados para doar em uma comunidade
carente. A catequista designou duplas pra irem às casas pedindo as doações.
Catequista: turma preste
atenção. Todo mundo deve estar com a camiseta e com o crachá. Sejam educados e
cumprimentem as pessoas da casa com alegria. Entreguem o panfleto explicando a
campanha e aproveitem para convidar quem quiser ir com a gente no dia da
entrega, lá na comunidade do Taubaté.
Vitor: tia, porque lá é chamado
de Taubaté?
Catequista: por que lá os
barracos são feitos de tábua, entendeu? Lá tem tábua até...
Mariana:
tia, e se a gente pedir e a pessoa falar NÃO?
Catequista: se ela falar não
vocês digam: muito obrigado pela atenção. Desculpem ter incomodado. Paulinha: eu não, eu falo bem assim:
obrigada por nada sua murrinha...tomara que
estes brinquedos sumam.
Catequista: não Paulinha, nada
disso. Ninguém é obrigado a ajudar. Caridade é um ato de amor.
Vitor: pior ainda é jogar praga
em quem não ajudar, tá doida?
Catequista: gente, por favor,
prestem atenção: nada de ofender as pessoas, quem ajudar vocês agradeçam, quem
não ajudar agradeçam a atenção do mesmo jeito. Entenderam?
Todos: sim.
Luís:
e que dia a gente vai levar os brinquedos?
Catequista: no dia das
crianças... Vai ser a maior alegria... Agora se dividam e podem ir. Eu vou
ficar com a Kombi lá na esquina, se precisarem me chamem...
Narrador: a turma se dividiu e de dois em dois foram
de casa em casa... Vitor e Luís foram à primeira casa.
Vitor: eu tou com vergonha,
Luís, e se alguém não quiser dar nenhum brinquedo?
Luís:
aí a gente vai a outra casa. A tia falou que a gente não ia ganhar doação em
todas as casas mesmo.
Vitor: então vamos logo. Pode
deixar que eu falo.
Vitor: bom dia senhora.
Moradora 1:bom dia!
Vitor: nós somos da catequese e
estamos pedindo brinquedos usados pra doar para as crianças carentes. A senhora
tem algum brinquedo pra doar?
Moradora 1:da catequese? De que
igreja?
Luís:
da paróquia aqui do bairro. Se a senhora quiser eu chamo a catequista que está
lá na Kombi.
Moradora 1:não precisa não. Espere
aí, que eu vou ver. ( a senhora sai e volta com um brinquedo.)
Moradora 1:hoje eu só tenho este
carrinho, pode ser?
Vitor: pode sim, obrigado. Se a
senhora quiser ir ao dia da entrega aqui está o endereço e o local.
Moradora 1:está bem, eu vou ver
depois. Tchau.
Narrador: Vítor e Luís foram a todas as casas daquela
rua mas conseguiram pouca coisa. Estavam chateados com a falta de caridade das
pessoas. Era um tal de “tou ocupada, agora não posso atender ninguém”, ou então
“aqui não tem criança muito menos brinquedo”, e isso já estava desanimando os
dois...
Vitor: pôxa, eu já cansei de
levar não. E quando a gente leva um sim são estes brinquedos quebrados, qual
criança vai querer brincar com carrinho sem rodinha, boneco sem cabeça, quebra
cabeça faltando peça?
Luís:
pior é que a tia falou que a dupla que trouxesse mais brinquedos ia ganhar um
brinde. E pelo jeito a gente vai ser a pior dupla.
Vítor: pior mesmo...
Luís:
nada disso, olha ali aquela casa cheia de brinquedos na frente, tudo jogado e
espalhado, lá tem crianças com certeza. Vamos lá.
Narrador: os dois foram até aquela casa, chamaram mas
ninguém atendeu, até que Luís teve uma idéia...
Luís:
olha Vitor, o portão está aberto, vamos entrar e pegar alguns brinquedos?
Vitor: claro que não, isso é
roubo.
Luís:
não é não, porque não vamos pegar pra nós, é pra doar.
Vitor: e quando é pra doar não é
pecado não?
Luís:
eu acho que não. Tem tanto brinquedo aí que ninguém vai perceber se tirar um
carrinho, uma bola...
Vitor: é mesmo, tá tudo jogado
mesmo. Então vai lá que eu fico vigiando.
Narrador: Vitor e Luís estão achando que roubar de
quem tem muito pra doar a quem não tem não é pecado, então Vitor fica vigiando
enquanto Luís entra e pega os brinquedos, mas
o plano não deu muito certo... Moradora 2:mas o que é isso? Pega ladrão! Pega
ladrão!
Vitor: corre Luís, foge!
Luís:
peraí moça, eu não sou ladrão não, eu só tava pedindo doação pras crianças
carentes...
Moradora 2:pedindo não, você
estava era roubando. Vocês fingem e entram pra roubar, isso sim...
(nisso chega Vitor e a catequista).
Catequista: Luís, mas o que
aconteceu?
Luís:
eu e Vitor fomos a muitas casas e ninguém ajudou, então nós vimos esta casa
cheia de brinquedos espalhados e pensamos que se a gente pegasse alguns ninguém
ia dar falta.
Catequista: a senhora me
desculpe, eles não podiam fazer o que fizeram. Aqui estão os brinquedos da sua
casa. Desculpe-me novamente. E quanto a vocês aprendam que de nada adianta
vocês servirem a Deus e fazerem coisas erradas. Nem quando a intenção é boa se
justifica fazer isto. Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus! Espero
que depois dessa aprendam a lição!
Narrador: Vitor e Luís entenderam que de nada adianta
freqüentarem a catequese, irem à missa todo domingo, receberem a comunhão e
fazerem coisas erradas: mentir, roubar, desobedecer aos pais, colarem na prova,
porque seguir a Cristo é ser Cristão, e cristão agente deve ser sempre e em
todos os lugares.
Fim
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