terça-feira, 15 de novembro de 2011

O FILHO PRÓDIGO


 12/09/2010
24º domingo do tempo comum-Ano C

O FILHO PRÓDIGO

Personagens: Pai – mãe – Tonhão – Toninho – garota – amigos – Ali-ba-bá

Crianças, vocês ouviram o evangelho, não é? Pois agora vamos encenar uma historinha com fantoches... Que foi o próprio Cristo que contou e que tem a mesma mensagem do evangelho lido. Prestem atenção para entenderem a mensagem.
Era uma vez, um pai, Antônio, muito bondoso e amável. Ele tinha dois filhos, Toninho e Tonhão.
O Toninho era muito trabalhador. Trabalhava de sol a sol. Olhem como ele trabalha na enxada! Ah, me esqueci de falar que o pai dos meninos era muito rico e poderoso... Um grande fazendeiro... Tinha plantações de café aqui na beirada das águas de furnas que ia até a represa, sumiam de vista (levantar galhinhos).
Pois bem, esse filho, o Toninho era esforçado... Agarrava a enxada e era um movimento só pra lá e pra cá... (Recita o versinho: Minha enxadinha trabalha bem... Corta matinho num vai e vem).
Que menino de ouro era o Toninho... Ao lado do pai, construindo a riqueza do pai. Ah! (admirado)
(E tomando novamente a história...).
Ah!... É! Mas tinha também o Tonhão, o outro filho... Esse, não podemos dizer que fosse esforçado... Mas não era de todo mau.... Só tinha uns probleminhas... Não gostava de trabalhar... Era preguiçoso... Malandro... Aproveitador... Não queria nada com nada... Responsabilidade? Passou longe! Ficava o dia todo teclando, ou no celular ou assistindo o BBB.
O Senhor Antônio, como bom pai que era, vivia sempre rezando... Pedindo a Deus por sua família... Pelos seus dois filhos.
E os dias iam passando... passando... até que um dia, Tonhão deu um grito... Queria mudar...


Tonhão: _Pô! Assim não dá! Tô cansado de viver aqui, no meio dessa roça, no meio das vacas. Esse tanto de passarinho... Céu estrelado... Essa lua cheia e redonda... Que chatice! Vou falar com o coroa... Tô cheio de tudo e mereço viver num mundo cheio das gatas... De umas cervejinhas, umas brahmas... Ô coroa!
Pai:_Meu filho!
Tonhão: _Ó aqui, coroa! Não tá dando pra agüentar... Eu não nasci pra viver aqui nesse paradeiro... Essa vida chata, parada... Já fiz as contas, procurei meus advogados, fui ao promotor que me mandou pro juiz que me mandou pro delegado e assim eu fui andando de autoridade em autoridade e tô com a papelada em dia e sei que tenho direito à minha parte da herança... e eu quero a grana. Passa logo os “cobre” que eu tô com pressa!                                                                                                                 
                                                                                                                                                                  1
Pai: _Ô meu filho, você não sabe o que fala!
Tonhão: _Qual é coroa? Tô “sartando” fora! Junta aí o que é meu por direito que eu vou aprender a viver! Até então não tenho vivido!
Mãe: _Mas, Tonho! Você não pensa no seu pai? Na sua família?
Tonhão: _Qual é... O Toninho, meu irmão, todo certinho tá aí... Ele faz tudo no meu lugar... E vamos rápido que eu tenho pressa!
Mãe: _Meu filho... Você vai deixar o amor, a segurança da sua casa... O carinho de seu pai, o conforto do seu lar?
Tonhão: _Que segurança... Que amor... Vou ter tudo com fartura... E anda... Quero o que é meu... Não há o que o dinheiro não compre!
Pai: _Então tome, meu filho... Faça o que quiser... (Toninho chega e consola o pai que chora). Oh! Toninho, seu irmão está indo embora... Que triste!
Toninho: _Triste nada! Ele era um vagabundo e escolheu esse caminho. Que vá! Já vai tarde!
Mãe e pai: _Oh, vida! Adeus, Tonhão! Tchau!
(Saem todos e parece o Tonhão gastando o dinheiro)
Tonhão: _Ei, você aí, eu tô com dinheiro aqui... Eu tô com dinheiro aqui... Uau! Cara! Que gata! Pô, meu! Tô gamado!
Garota: _Oi, gatinho! Segura o tchan! Amarra o tchan! (Canta)
Tonhão:_Toma aqui um saco de dinheiro, gata. Vamos passear, aproveitar a vida...
Garota: _Amorzinho, me dê logo o dinheirinho. (Cochichando fala: Se ele pensa que eu vou sair com ele, esse roceirão!) Claro... Fica aqui me esperando que eu vou retocar a maquiagem! Vou levar o dinheiro por segurança!
(Tonhão fica esperando o tempo. Passa... Passa... Olha o relógio)
Tonhão: _Pô, não é que a gata me enganou? Tô aqui a horas esperando por ela! Ainda bem que sobrou outro saco de dinheiro... Vamos lá... Vou comprar um camelo de último tipo... Um turbante cravejado de diamantes... E muitas namoradas... Mulheres, lá vou eu!
Ladrão: _Ah, vai nada. Passe logo esse dinheiro!
Tonhão: _O quê? Quem é você?
Ladrão: _Ora... Sou o Ali-Ba-Ba e os 40 ladrões!
Tonhão: _E cadê os 40 ladrões?
Ladrão: _Tão lá fora e se você demorar vão entrar todos aqui pra te dar uma coça daquelas, entendeu? Passa logo o dinheiro!
                                                                                                                                                                     2
Tonhão: _Oh, não! Meu dinheirinho, não! Não!
(E Ali-Babá acerta uma paulada em Tonhão.).
Ladrão: _Vamos correndo!
É... As coisas não andavam nada boas para o Tonhão. Ele ficou pobre... Roubaram-lhe até a bonita roupa e agora estava cheio de trapos... Com fome... Sem nada...
Batia às portas e pedia um prato de comida... Ninguém dava... Dias e dias andou assim... Os antigos amigos do tempo da riqueza nem o olhavam... Coitado do Tonhão. Mas, saindo para longe da cidade ele teve vontade de comer a comida dos porcos... E assim quase comendo a lavagem, ele pensou em tudo o que tinha na casa de seu pai... Pensou que mesmo o empregado mais humilde tinha casa e comida e pensou:
Tonhão _Pô, devo voltar à casa de meu pai, não como filho, mas como empregado... Porque fui egoísta e ambicioso e não sou digno de ser chamado seu filho... Pois eu errei, mas estou tão arrependido! Será que ele vai me aceitar de volta?
Animou-se e, pois e pegou o caminho de volta a casa...
O seu Antônio por sua vez, continuava triste e com saudades do Tonhão... Sua alegria... E todos os dias ficavam horas e horas olhando na direção da estrada... Até que um dia viu ao longe o filho voltando... Saiu correndo em sua direção...
Pai: _Tonhão, Tonhão! Meu filho!
Tonhão: _Papai! Perdão! Pequei contra Deus e contra Ti. (abraçam-se) Tô tão arrependido... Perdoa, papai... Perdoa...
Então o pai lhe deu uma roupa nova, um novo anel para ligá-lo à família... Foi uma festa, até que Toninho, o outro filho, chegou do trabalho na roça e perguntou:
Toninho _Pai... Eu trabalho há tanto tempo com o senhor e nunca ganhei uma festa e uma roupa nova...
E esse outro que te abandonou, é assim? Ainda festeja a volta dele! Isso é injustiça!
Pai _ Meu filho, não pense assim! Tudo o que é meu é seu... Mas seu irmão, ele estava perdido e hoje foi encontrado, ele estava morto e reviveu... Venha! Se alegre conosco!  O seu irmão aprendeu a lição que o mundo lhe ensinou: aprendeu a valorizar o amor e o perdão.




Fim

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