terça-feira, 15 de novembro de 2011

“O Rei Justo!”


21-11-2010

Dia de Cristo Rei-ano C.
“O Rei Justo!”

Narrador: em um reino muito distante havia um rei que era muito rico e tinha muitos amigos. Um dia ele resolveu descobrir quem era seu amigo de verdade, então teve uma idéia. Iria dizer a todos que estava pobre, aqueles que continuarem ao seu lado, estes sim, seriam amigos verdadeiros. Então ele mandou que todos se reunissem na praça para o anúncio real.
Mensageiro: Atenção! Atenção! Todos em silêncio! O rei Justo está chegando! Ele fará um pronunciamento a todo o seu povo.
As pessoas iam chegando aos poucos.
Rei: quero anunciar a vocês que eu estou pobre. Perdi toda a minha riqueza investindo em avestruzes. A partir de hoje não haverá mais bailes luxuosos aos sábados e os banquetes de sexta-feira também estão suspensos.
Narrador: após este anúncio do rei o povo foi saindo reclamando baixinho.
Rei: A partir de agora eu saberei exatamente quem são aqueles que me amam sem interesse no que eu possa dar a eles. Com isso, escolherei os que se sentarão ao meu lado e, com quem repartirei os meus tesouros.
Súdito 1: “O rei justo está pobre, sem pompa, despido de toda riqueza e poder, mas simples e humilde, como é seu coração.”
Súdito 2: o nosso rei está pobre como um mendigo!
Narrador: Foi aí que começou a confusão! Aqueles que se diziam seus amigos começaram a se afastar, tinham desculpas esfarrapadas para não ajudar o Rei. O Rei se viu sozinho e pôs-se a caminhar, procurando por homens de bem. Ali na estrada sem destino, ele ficou e muitos de seus ex-amigos passaram  fingindo não conhecê-lo e continuaram seu caminho.
Ele sentiu que no seu reino as pessoas não tinham espírito solidário. Foi nesse instante que surgiu o Januário, aquele jardineiro manco, que reconheceu o rei e deu o manto a ele. Então o rei sorriu e sentiu esperança. Quem sabe se neste reino tão grande haja mais Januários para acolhê-lo? Isto tudo  despertou segurança.
O Rei sentiu fome e se lembrou do amigo Benedito, aquele que se fartava em sua casa, quando era rico e tudo tinha. Este sempre fazia companhia ao rei.
O rei bateu forte à porta da casa do amigo. Ele logo veio atender , mas quando o viu maltrapilho, logo quis saber :

Benedito:
O que é que você quer?

Rei:
Peço pão! Tenho fome!

Benedito:
  Pois hoje não tenho nada e não quero vê-lo mais, se coloque na estrada e não volte nunca mais.
Narrador: Aí, crianças! Aquilo bateu forte! O rei não esperava por isso e pôs-se a bater nas portas dos amigos que ele achava que tinha, mas qual não foi sua surpresa, nenhum deles o atendia! Então ele teve sede e fome e sentou-se no chão. Chegou uma criança pobre que lhe trouxe. O rei se alegrou.
Rei: pode haver entre o povo pessoas boas de coração, vou continuar a minha caminhada!
Narrador: o rei continuou a sua caminhada e sozinho, pensou em todos aqueles que encontrou em seu caminho. Ficou triste porque viu tanta pobreza...ficou triste...porque viu tanta injustiça...ficou triste...porque viu tanto desamor...Então, o rei ficou doente e a notícia se espalhou, mas os amigos, aqueles que viviam no bem bom, não o ajudaram. Dona Maria, cozinheira, que mora lá na favela, juntou-se ao Chiquinho, o padeiro e o vizinho, tudo gente simples e foram cuidar do rei. O rei viu que valera a pena seu sacrifício, pois existia no meio de seu povo, muita gente  boa que acolhia e que amava o outro.
O rei tomou a decisão. Voltou ao seu cargo e mandou um recado a todos do reino, que ele havia voltado e recuperado todos os seus tesouros. E olhem só quem veio dar as boas vindas? Os ex-amigos que lhe bateram a porta, que o expulsaram de suas casas...Aqueles que não o acolheram...Rei justo disse a todo o seu reino:

Rei: Hoje, a justiça entrará em minha casa e nesse momento separarei entre vocês, aqueles que merecem uma parte de tudo que tenho: Terras, tesouros e riquezas.

Todos se colocaram à frente, queriam receber algo do rei, aqueles que na vida não o souberam acolher. O rei , porém, Justo como era, chamou os pequeninos, aqueles que o acolheram no caminho e os colocou à sua direita e lhes deu toda à sua riqueza.
Ah, crianças! Os outros então disseram:

Benedito: Por que deu a eles e nada deu a nós?


Rei: Eu estive nu e não me vestistes; eu estava com fome e não me destes de comer; eu tive sede e não me destes de beber; eu estava necessitado e desabrigado e nas usas casas não me acolheram; eu estava doente e não cuidaram de mim.
Pois, agora, no meu reino, pra vocês, não tem mais lugar!
Quero que vocês saiam e nunca mais voltem a me amolar. Os justos, esses pequeninos que souberam amar o próximo no mundo, irão ter o reino de justiça e amor para a vida eterna ao meu lado. Esta sim é a minha justiça.

Fim

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