terça-feira, 15 de novembro de 2011

“Eu só acredito...vendo!”


01/05/ 2011.
2º Domingo da Páscoa

“Eu só acredito...vendo!”

Personagens: narrador, Dona Coelha, macaco, cachorro e coelha ladra.

Narrador: lá na floresta do encantado, alguma coisa não está indo bem na casa da dona coelha.
Cachorro: bom dia dona coelha!
Coelha: bom dia por quê?
Cachorro: Bom dia porque estamos vivos, nossos filhos estão bem, temos saúde...
Coelha: é verdade, mas nem tudo está bem...a minha plantação de cenouras foi atacada de novo.
Cachorro: de novo?
Coelha: sim, de novo, e eu já não sei mais o que fazer: já coloquei cerca elétrica, arranjei dois pit bulls, estou pensando até em colocar uma câmera de segurança...
Cachorro: nada disso, dona coelha, não gaste mais o seu dinheiro com isto, chame o super macaco .
Coelha: o macaco? Aquele que viveu aqui na floresta e sumiu uns tempos? Há, há, há...oras seu cachorro, o meu problema é de gente grande, e aquele macaquinho prego...não resolverá nada.
Cachorro: a senhora não sabe, dona coelha? Ele passou três anos em treinamento com os ninjas...e se tornou um grande guerreiro...forte e astuto...
Coelha: eu só acredito vendo.
Narrador: O seu cachorro conhecia a fama do macaco e acreditava nele, mas a dona coelha que havia visto o macaco crescer ali na vizinhança não acreditava que ele pudesse ajudá-la.
Cachorro: aqui está o grande guerreiro: o macaco.
Coelha: grande guerreiro?
Macaco: sim, senhora dona coelha, qual é o problema?
Coelha: o problema é que...
Macaco: não precisa dizer, eu já sei...a sua plantação está sendo atacada...
Coelha: e o quê o super macaco ninja poderá fazer?
Macaco: aguarde e verás...amanhã tudo estará resolvido. Isso nunca mais acontecerá.
Coelha: eu só acredito vendo...
Cachorro: vamos dona coelha. Deixe tudo por conta dele...
Narrador: Dona Coelha saiu sem acreditar que o macaco pudesse realmente pegar o ladrão. Mas ele, usando de seus ensinamentos ninjas, resolveu se disfarçar de árvore e aguardar a chegada do ladrão, que não demorou a aparecer. Eis que vem o ladrão, ou melhor, a ladra. Vejam só: É uma coelha que vem roubar a plantação da dona Coelha! O nosso herói, usando de sua astúcia, dá um pulo e com o super saco prende a cabeça dela, e com a super corda amarra as suas mãos. Ouvindo todo este barulho a dona coelha voltou acompanhada de seu fiel amigo cachorro:
Macaco: e aí? Eu não falei que resolveria tudo?
Cachorro: eu não disse dona coelha? O super macaco ninja pegou o malfeitor. Vamos ver quem é ele...
O macaco tira o saco e revela outra coelha.
Macaco: aqui está a bandida...trata-se desta coelha que ao invés de plantar  suas próprias cenouras achou mais fácil roubar. Isso não se faz.
Coelha: não se faz mesmo. Obrigada seu macaco. O senhor me desculpe por ter duvidado de sua capacidade.
Cachorro: não se sinta culpada, dona coelha, a senhora apenas agiu como são Tomé. Ele também duvidou que Jesus tivesse realmente ressuscitado.
Coelha: e o que aconteceu?
Cachorro: São Tomé só acreditou quando viu Jesus ressuscitado e tocou em suas chagas.
Coelha ladra: é, por falar em Jesus, a senhora pode me perdoar por ter roubado as sua cenouras?
Coelha: perdoar? Sim, mas antes você vai ter que arrumar toda esta bagunça aqui. Eu vou sair e quando voltar quero tudo arrumadinho...tchau!
Sai  a dona coelha.
Cachorro: e por falar em arrumar a bagunça, eu já vou porque eu preciso dar água pro meu peixinho beber...
Sai o cachorro.
Macaco: e eu tenho que salvar mais alguém necessitado, tchau!
Sai o macaco.
Coelha ladra: e eu vou ter que arrumar isso tudo sozinha? Eu só acredito vendo...

Fim

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