20-11-2011-Ano A
“Cristo Rei!”
Personagens: narrador, rei leão,
macaco, dálmata, vaquinha, ratinha, porco.
Narrador: em
uma floresta distante, onde os animais falam, o rei leão reuniu o seu povo para
dar um aviso muito importante.
Rei leão:
meu povo, eu vim dar um aviso a todos vocês. Eu irei fazer uma viagem e levarei
comigo os melhores, os mais bem preparados cidadãos daqui. Só os bons
suportarão a viagem que faremos. Dentro de pouco tempo eu voltarei para
escolher quem vai comigo. Não se enganem: todos vocês podem ir comigo, desde
que realmente queiram.
Macaco:
exatamente qual será o dia e a hora do seu retorno, meu rei?
Rei leão:
ninguém saberá o dia e nem a hora, é bom que estejam sempre preparados e de
prontidão.
Narrador: o
rei foi embora e o povo ficou reunido na praça.
Dálmata: com
certeza eu serei escolhido, pois sou o mais inteligente. Sou formado em
filosofia animal, sociologia das espécies, e ainda fiz alguns semestres de
música canina. Sem mim o rei não pode
ficar.
Porquinho:
pois comigo não tem frescura. Eu sou capaz de passar por qualquer caminho, de
terra ou até de lama. E também não tenho frescura com comida. Como de tudo.
Vaca: e eu?
Eu sou útil, dou leite, posso alimentar o rei pelo caminho, sempre haverá um
leitinho morno para ele tomar.
Macaco: e eu
sou rápido, sou ligeiro, sou esperto, subo em árvores, posso colher os frutos
mais altos para o meu rei.
Ratinha: eu
também quero ir com o rei!
Todos: você?
Ratinha:
sim, por quê?
Macaco: você
não tem nada para oferecer ao rei. Você não é esperta...
Vaquinha:
não dá leite.
Dálmata: não
tem inteligência...
Narrador: a
ratinha ficou arrasada com os comentários, mas não desistiu de querer ir,
afinal, o rei havia dito que qualquer um poderia ir.
Durante
algum tempo os animais da floresta estavam eufóricos com a viagem, passavam os
dias se preparando para a viagem: o dálmata lia vários livros o dia inteiro,
queria estar bem informado a respeito de tudo. O macaco treinava saltos e
pulos, pulava corda, treinava corrida. A dona vaquinha ficava o dia todo comendo
e descansando, para ter muito leite, e o porquinho não precisava fazer nada,
afinal, pra comer porcaria não precisava de treino algum. Até que chegou ali um animal desconhecido.
Era um bicho desgarrado, sem família, de outro lugar, estava mal vestido e com
fome. Ele andou pela praça pedindo ajuda, mas
ninguém quis saber de ajudar. Todos estavam muito ocupados consigo
mesmos. Ninguém nem sequer olhava para
ele, que de tão cansado sentou-se no chão. Apenas a ratinha se aproximou,
trazendo um pedacinho de queijo, que ela tinha guardado para o jantar. O bicho
comeu satisfeito. Depois ela trouxe água, e percebendo que ele tinha frio
trouxe também uma coberta, a única que ela tinha. O bicho então se levantou e
partiu agradecido. No outro dia o rei voltou de surpresa.
Rei: eu vim
escolher quem vai viajar comigo. Atenção, aqueles que me deram de comer, me
deram de beber e me cobriram do frio serão escolhidos.
Dálmata:
mas, senhor, quando nós lhe demos de comer ou de vestir?
Vaquinha: é
mesmo, eu não me lembro de ter te dado nenhum leite.
Macaco: eu
ainda nem colhi as frutinhas pro senhor...
Rei: eu
estive aqui ontem, disfarçado de mendigo, e vocês não fizeram nada por mim,
apenas a ratinha me acolheu, me alimentou, me deu de beber e de vestir. Somente
ela está preparada para ir comigo ao Paraíso. Eu não quero os fortes, nem os
rápidos ou inteligentes, mas os bons, os
puros de coração.
Vocês fiquem
aqui e aprendam esta lição. Mas eu lhes darei uma segunda e última chance. Uma
nova turma irá comigo em breve, e os melhores serão escolhidos, estejam
preparados. Quem foi egoísta, vaidoso, preguiçoso, orgulhoso podem agora se
arrepender e mudar de vida. Vamos ratinha, o seu lugar está garantido comigo.
Vamos.
Narrador: o
rei foi embora com a ratinha. A menorzinha tinha o maior coração. Os demais
terão uma segunda chance, mas antes devem se arrepender e mudar de vida. E nós,
será que estamos preparados para a segunda vinda do nosso rei Jesus?
Fim
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