terça-feira, 15 de novembro de 2011

“Amar ao próximo como a ti mesmo”


23/10/2011
30º Domingo do Tempo Comum


“Amar ao próximo como a ti mesmo”

Personagens: narrador, Gigi, Joana, Léo, Pipa,Rex,Kiko, elefante.


Narrador: Na casa da mãe Joana os animais vivem todos como irmãos, e vocês sabem como os irmãos são: vivem brigando...Dona Joana, que recolheu da rua alguns animais perdidos apenas queria dar a eles um lar, mas essa não era uma missão muito fácil...
Gigi: Joana, minha amiga, eu não sei como você consegue viver assim, a sua casa está sempre cheia de gente entrando e saindo o tempo todo, é brinquedo por todo lado, a sua cozinha mais parece uma cantina com tantas mesas, cadeiras e pratos pra lavar...Deus que me livre!
Joana: pois eu jamais digo Deus que me livre, pois todos eles são maravilhosos e eu sou feliz assim...eu nem consigo imaginar a vida sem meus 23 fihotinhos ...eu sou uma vaca privilegiada, isso sim!
Gigi: é amiga, tem gosto pra tudo, agora eu preciso ir embora, até mais.
Joana: até mais Gigi, volte sempre!
Narrador: Gigi era amiga de Joana dos tempos de colégio mas não consegue entender como a vida da amiga se transformou tanto. Antigamente as duas sempre pastavam juntas, iam ao rio se refrescarem todas as tardes, podiam passar horas comendo e ruminando, mas agora a vaquinha só tem tempo para os filhos adotivos.
Leo: mãe, se esta porca fizer porcaria mais uma vez na minha cama eu vou devorá-la...
Pipa: eu não fiz porcaria alguma, a culpa é dele...quem mandou ele voltar tão cedo, se tivesse demorado mais um pouco eu teria limpado tudo antes e ele nem ia perceber nada.
Joana: Léo, meu filho, eu te avisei que se quisesse ficar aqui em casa não poderia comer nenhum dos seus irmãos, não foi? Então agora vai dar uma volta lá na pedra do rei e deixe que ela vai limpar tudo, certo?
Léo: tá certo mãe, me desculpe, eu já vou...tchau!
Joana: tchau, vai com Deus. E você, sua porquinha, limpe logo tudo e venha me ajudar com o almoço...
Narrador: quando a mãe Joana resolvia um problema na mesma hora vinha outro...
Rex: mãaaaaaaaaaae...aquele macaco, sabe o que ele fez?
Joana: macaquices?
Rex: isso mesmo...ele quebrou o meu carrinho de puxar que a senhora me deu no meu aniversário. Mas pode deixar que quando ele aparecer eu vou matar e enterrar no mesmo buraco que eu enterro os meus ossos preferidos...ele não me escapa desta vez.
Joana: Rex, eu não quero saber de violência. Por acaso você sabe se foi ele mesmo que quebrou o carrinho?
Rex: só pode ser, porque eu encontrei o meu carrinho todo quebrado dentro do baú dele e todo mundo sabe que eu tenho o maior cuidado e que todas as vezes que eu termino de brincar eu trato de lamber tudo até ficar limpinho e depois guardo tudo direitinho...
Joana: pode não ter sido ele, além do mais desde o café da manhã que eu não vejo o kiko. E agora eu preciso ir ao mercado, mas quando eu voltar não quero ninguém morto e muito menos enterrado aqui, entendeu Rex?
Rex: entendi mãe. Pode deixar, que eu não vou matar ele aqui não...
Joana: então está bem. Eu já vou, mas voltarei logo.
Narrador: todas as vezes que dona Joana saía ficava apreensiva, porque tantos filhos em casa acabava em confusão, mas o amor que ela tinha por todos eles era maior que qualquer cansaço ou preocupação que tivesse. Além do mais, ela confiava em Deus, e era sob a sua proteção que eles ficavam.
Rex: quando os gatos saem os ratos fazem a festa...e os cachorros se vingam dos macacos...agora o kiko vai ver o que eu vou fazer com ele...vou ficar aqui escondido e quando ele chegar vou colocar ele dentro deste saco e jogar lá no morro dos macacos...nunca mais ele vai quebrar o meu carrinho...
Narrador: Rex ficou escondido atrás da porta esperando Kiko chegar, o que não demorou pra acontecer. Chegou mas não estava sozinho, veio acompanhado do seu elefante.
Kiko: o senhor consegue mesmo arrumar o carrinho do Léo?
Elefante: claro que sim, isso é mole pro elefante. Vai ser fácil. Mas como foi que você quebrou este carrinho?
Kiko: não fui eu não, seu elefante, foi o dentuço. Ele subiu no carrinho pra pegar a cenoura em cima do armário e o carrinho na agüentou e se partiu em mil pedaços. E como o Rex gosta muito dele eu o guardei no meu baú pra ele não ver o carrinho quebrado e fui atrás do senhor pra arrumar. Agora arrume logo antes que alguém descubra o que aconteceu.
Narrador: seu elefante rapidamente deu jeito no carrinho de Rex que estava envergonhado atrás da porta sem saber o que fazer: sair, pedir desculpas e agradecer ao kiko ou ficar ali até tudo terminar e fingir que nada  tinha acontecido? Antes de decidir a mãe Joana voltou e decidiu as coisas por ele!
Joana: Rex, o que você está fazendo aí atrás da porta, com este saco na mão?
Rex: eu...nada...eu pensei que era um ladrão que tinha entrado e fiquei aqui esperando a hora de pegá-lo. Mas ainda bem que era o kiko. Oi kiko, tudo beleza irmão? Oi, seu elefante.
Elefante: oi Rex, bem eu já vou, tchau.
Kiko: Rex, aqui está o seu carrinho que o dentuço quebrou sem querer...desculpa aí...
Rex: desculpar o quê? Você queria apenas ajudar, e eu estava achando que a culpa era toda sua.
Joana: meu filho, porque você não disse logo tudo o que tinha acontecido?
Kiko: é porque eu me pus no lugar dele e fiquei pensando o quanto eu estaria desesperado se tivesse quebrado o carrinho de puxar do Rex, então quando eu vi o dentuço todo preocupado eu achei melhor ajudar.
Joana: e é exatamente isso que devemos fazer: colocar-nos no lugar do outro, o que a gente não quer pra nós não devemos fazer ao próximo. E para comemorar eu vou fazer uma torta de banana pra você, Kiko. Vamos todo mundo lá pra cantina, digo, pra cozinha...
Narrador: Dona Joana falou com outras palavras o evangelho de hoje: o maior mandamento é: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Tenham todos um bom domingo! Tchau!!!

Fim

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