23/10/2011
30º Domingo do Tempo Comum
“Amar ao próximo como
a ti mesmo”
Personagens: narrador, Gigi, Joana, Léo, Pipa,Rex,Kiko,
elefante.
Narrador: Na casa da mãe Joana
os animais vivem todos como irmãos, e vocês sabem como os irmãos são: vivem
brigando...Dona Joana, que recolheu da rua alguns animais perdidos apenas
queria dar a eles um lar, mas essa não era uma missão muito fácil...
Gigi: Joana, minha amiga, eu
não sei como você consegue viver assim, a sua casa está sempre cheia de gente
entrando e saindo o tempo todo, é brinquedo por todo lado, a sua cozinha mais
parece uma cantina com tantas mesas, cadeiras e pratos pra lavar...Deus que me
livre!
Joana: pois eu jamais digo Deus que me livre, pois todos eles são
maravilhosos e eu sou feliz assim...eu nem consigo imaginar a vida sem meus 23
fihotinhos ...eu sou uma vaca privilegiada, isso sim!
Gigi: é amiga, tem gosto pra
tudo, agora eu preciso ir embora, até mais.
Joana: até mais Gigi, volte
sempre!
Narrador: Gigi era amiga de
Joana dos tempos de colégio mas não consegue entender como a vida da amiga se
transformou tanto. Antigamente as duas sempre pastavam juntas, iam ao rio se
refrescarem todas as tardes, podiam passar horas comendo e ruminando, mas agora
a vaquinha só tem tempo para os filhos adotivos.
Leo: mãe, se esta porca fizer
porcaria mais uma vez na minha cama eu vou devorá-la...
Pipa: eu não fiz porcaria
alguma, a culpa é dele...quem mandou ele voltar tão cedo, se tivesse demorado
mais um pouco eu teria limpado tudo antes e ele nem ia perceber nada.
Joana: Léo, meu filho, eu te
avisei que se quisesse ficar aqui em casa não poderia comer nenhum dos seus
irmãos, não foi? Então agora vai dar uma volta lá na pedra do rei e deixe que
ela vai limpar tudo, certo?
Léo: tá certo mãe, me
desculpe, eu já vou...tchau!
Joana: tchau, vai com Deus. E
você, sua porquinha, limpe logo tudo e venha me ajudar com o almoço...
Narrador: quando a mãe Joana
resolvia um problema na mesma hora vinha outro...
Rex: mãaaaaaaaaaae...aquele
macaco, sabe o que ele fez?
Joana: macaquices?
Rex: isso mesmo...ele quebrou
o meu carrinho de puxar que a senhora me deu no meu aniversário. Mas pode
deixar que quando ele aparecer eu vou matar e enterrar no mesmo buraco que eu
enterro os meus ossos preferidos...ele não me escapa desta vez.
Joana: Rex, eu não quero saber
de violência. Por acaso você sabe se foi ele mesmo que quebrou o carrinho?
Rex: só pode ser, porque eu
encontrei o meu carrinho todo quebrado dentro do baú dele e todo mundo sabe que
eu tenho o maior cuidado e que todas as vezes que eu termino de brincar eu
trato de lamber tudo até ficar limpinho e depois guardo tudo direitinho...
Joana: pode não ter sido ele,
além do mais desde o café da manhã que eu não vejo o kiko. E agora eu preciso
ir ao mercado, mas quando eu voltar não quero ninguém morto e muito menos
enterrado aqui, entendeu Rex?
Rex: entendi mãe. Pode deixar,
que eu não vou matar ele aqui não...
Joana: então está bem. Eu já
vou, mas voltarei logo.
Narrador: todas as vezes que
dona Joana saía ficava apreensiva, porque tantos filhos em casa acabava em
confusão, mas o amor que ela tinha por todos eles era maior que qualquer
cansaço ou preocupação que tivesse. Além do mais, ela confiava em Deus, e era
sob a sua proteção que eles ficavam.
Rex: quando os gatos saem os
ratos fazem a festa...e os cachorros se vingam dos macacos...agora o kiko vai
ver o que eu vou fazer com ele...vou ficar aqui escondido e quando ele chegar vou
colocar ele dentro deste saco e jogar lá no morro dos macacos...nunca mais ele
vai quebrar o meu carrinho...
Narrador: Rex ficou escondido
atrás da porta esperando Kiko chegar, o que não demorou pra acontecer. Chegou
mas não estava sozinho, veio acompanhado do seu elefante.
Kiko: o senhor consegue mesmo
arrumar o carrinho do Léo?
Elefante: claro que sim, isso
é mole pro elefante. Vai ser fácil. Mas como foi que você quebrou este
carrinho?
Kiko:
não fui eu não, seu elefante, foi o dentuço. Ele subiu no carrinho pra pegar a
cenoura em cima do armário e o carrinho na agüentou e se partiu em mil pedaços.
E como o Rex gosta muito dele eu o guardei no meu baú pra ele não ver o
carrinho quebrado e fui atrás do senhor pra arrumar. Agora arrume logo antes
que alguém descubra o que aconteceu.
Narrador:
seu elefante rapidamente deu jeito no carrinho de Rex que estava envergonhado
atrás da porta sem saber o que fazer: sair, pedir desculpas e agradecer ao kiko
ou ficar ali até tudo terminar e fingir que nada tinha acontecido? Antes de decidir a mãe
Joana voltou e decidiu as coisas por ele!
Joana:
Rex, o que você está fazendo aí atrás da porta, com este saco na mão?
Rex:
eu...nada...eu pensei que era um ladrão que tinha entrado e fiquei aqui
esperando a hora de pegá-lo. Mas ainda bem que era o kiko. Oi kiko, tudo beleza
irmão? Oi, seu elefante.
Elefante:
oi Rex, bem eu já vou, tchau.
Kiko:
Rex, aqui está o seu carrinho que o dentuço quebrou sem querer...desculpa aí...
Rex:
desculpar o quê? Você queria apenas ajudar, e eu estava achando que a culpa era
toda sua.
Joana: meu
filho, porque você não disse logo tudo o que tinha acontecido?
Kiko:
é porque eu me pus no lugar dele e fiquei pensando o quanto eu estaria
desesperado se tivesse quebrado o carrinho de puxar do Rex, então quando eu vi
o dentuço todo preocupado eu achei melhor ajudar.
Joana:
e é exatamente isso que devemos fazer: colocar-nos no lugar do outro, o que a
gente não quer pra nós não devemos fazer ao próximo. E para comemorar eu vou
fazer uma torta de banana pra você, Kiko. Vamos todo mundo lá pra cantina,
digo, pra cozinha...
Narrador:
Dona Joana falou com outras palavras o evangelho de hoje: o maior mandamento é:
amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Tenham todos um
bom domingo! Tchau!!!
Fim
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